Estudo da composição físico-química e o rendimento do filé da dourada (Brachyplatystoma rousseauxii – CASTELNAU, 1855) comercializada em feiras do município de Macapá, estado do Amapá

Resumo

Esta pesquisa teve como objetivo o rendimento do filé e a composição físico-química da dourada (Brachyplatystoma rousseauxii) comercializada na cidade de Macapá. Foram utilizadas as normas e metodologias propostas pelo Instituto Adolfo Lutz, Diário Oficial da União, EMBRAPA e ANVISA. Foi possível obter os valores de umidade, proteínas, lipídeos e cinzas; os rendimentos de filés foram calculados conforme o proposto por Burkert et al. (2008). Os peixes foram coletados em 3 feiras localizadas em diferentes pontos dentro da cidade de Macapá: Feira do Buritizal (00001’27,54”N 51004’38,13”O), do Perpétuo Socorro (00002’58,30”N 51002’53,87”O) e do Novo Horizonte (00005’34,03”N 51003’00,50”O), foram adquiridos 30 espécimes de dourada. Os peixes foram divididos em 3 classes de pesos a partir das quais foi possível obter os valores médios de rendimentos, o rendimento de filé variou de 47,40% a 48,46% e dos subprodutos variaram de 51,54% a 52,60% não havendo diferença significativa. Quanto a composição físico-química, os valores de umidade variaram de 75,62% a 76,34%, as proteínas de 17,91% a 23,69% da composição corporal, as cinzas de 0,88% a 0,95% e os lipídeos de 1,40% a 1,99% da constituição bromatológica. O rendimento de filé e a composição físico-química são constantes entre os pesos estudados; o peso total e comprimento total da dourada permitem estimar o peso de filé; nesse sentido o filé da dourada demonstra grande potencial para ser explorado na indústria pesqueira. A dourada comercializada nas feiras de Macapá pode ser considerada um peixe magro e de alto valor nutricional, principalmente em relação à proteína.